quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Biopirataria

O Brasil hoje defende a preservação do patrimônio natural. A área mais cobiçada é a Amazônia, com sua grande biodiversidade que infelizmente tem olhar lucrativo aos estrangeiros. O Brasil prevê uma exploração equilibrado e responsável através de leis que protejam o patrimônio estimado em aproximadamente dois trilhões de dólares.
A biopirataria é o contrabando de diversas formas de vida da flora e fauna. Além da extinção de várias espécies que conhecemos e outras que nunca iremos conhecer, a lista de perigo de extinção é bastante longa. O desmatamento, as queimadas e a exploração agressiva do homem, diminui as chances de sobrevivência de muitos bichos, além de exterminar com a flora, o solo e o que esta abaixo dele. De acordo com a listagem do Ibama divulgado em 2003, o número de espécies animais ameaçados de extinção aumentou de 219, em 1989, para 395. Calcula-se que aproximadamente 38 milhões de animais brasileiros sejam levados para fora do país. Além do contrabando de plantas e bichos, o conceito de biopirataria diz respeito à perda de controlo, pelas populações locais, sobre o uso de seus recursos naturais.
O processo é facilitado pela globalização, que multiplicou as oportunidades de registrar marcas e patentes em âmbito internacional. Casos como de registros de patentes e marcos recentes ainda pouco conhecidas, tais como Cupuaçu, Açaí, Andiroba e Copaíba que querem comercializar. O combate a essas práticas fundamentam-se na Convenção da Diversidade Biológico, firmado em 1992 no Rio de Janeiro, durante a ECO-92. Assinada pelo Brasil, a conservação biodiversidade, a exploração econômica sustentável e a divisão justa dos benefícios obtidos. Ela também garante a cada país a soberania sobre o patrimônio genético em seu território.
Os biopiratas têm passaporte e se camuflam sob muitos disfarces: inocentes turistas, bem intencionados cientistas com o aval governamental, mas propósitos indeclináveis. Fazendo-se valer da carência social e econômica de nossa gente, mateiros, índios e matutos, gente que conhece coma palma da mão os mistérios e riquezas da natureza, buscam e orientam a exploração e o tráfico de mudas, sementes, insetos, e toda a sorte de interesses em nossa farta biodiversidade.
Em 2001, Pajés de diferentes comunidades indígenas do Brasil formularam a " Carta de São Luis do Maranhão ", em importante documento para OMPI ( Organização Mundial de Propriedade Intelectual da ONU), questionando frontalmente toda a forma de patenteamento que derive de acessos a conhecimentos tradicionais.
Com reconhecimento medicinal mais procurados pelos piratas da floresta são a casca do Jatobá, casca do Ipê roxo, folha da Pata de vaca, Cipó da unha de gato e da casca do canelão. Assim como o pássaro como o mercado, a Arara-azul Leos que no mercado internacional pode alcançar a cifra de 60 mil dólares.
Deve-se assegurar a soberania nacional. O Brasil é considerado campeão mundial da biodiversidade. Com 23% do total de espécie extintas no planeta, somos o primeiro em peixes de água doce, anfíbios e mamíferos, o terceiro em aves e o quarto em répteis. Quanto à flora, só a Amazônia brasileira representa 40% das florestas tropicais existentes no mundo. E nossa reserva hídricas são um verdadeiro tesouro, em grande parte ainda inexplorada. Somente 5% flora mundial foi estudada até agora. Dispostas a explorar esse filão, algumas empresas chegaram a estabelecer parcerias e convênios com grupos indígenas, para ter acesso a seus conhecimentos seculares sobre os segredos da floresta. Instituições públicas também investem em pesquisas. Com essa imensa biodiversidade é um chamariz para ganância internacional.

http://paginas.terra.com.br/lazer/staruck/biopirataria.htm

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei um site muito bom para tratamento com plantas medicinais o Link é:

www.chamedicinal.com.br

Anônimo disse...

o tema é mata atlântica "biopirataria" mas ate agora só vi o nome da amazônica.